Andante, com esperança talvez eu já não saiba caminhar. Tenho duvidado tanto!
Carrego no bolso a coragem pra enfrentar os percalços.
Árvore, os ramos que de mim brotaram já podem produzir seus próprios frutos.
As raízes não abandono, mas me permito deixar o vento bater e chacoalhar, e nessa tentativa de não quebrar, posso alguns galhos derrubar e machucar o que me rodeia.
Rastro, projeto no tempo o signo dos meus sapatos, mas certa de que essa marca deve se apagar, para que a terra aceite novas marcas.
Alma, entrego meus equívocos a quem possa olhá-los com amor, para que dos julgamentos não resulte apenas condenação, mas quem sabe, também, alguma absolvição.
-fls-
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