segunda-feira, 1 de outubro de 2018
A rudeza sempre esteve presente na casa. Dentro, morava nas mata-juntas, feito aranhas, que deixam uma perna exposta pra marcar presença.
La fora, morava onde os porcos e os gatos gritavam, no desespero do instante.
Bradava ou sussurava, sempre ao sabor dos ventos, imprevisíveis, que descortinavam as janelas.
À mesa, uma grande toalha caindo quase ao chão, criava o vácuo, o lugar onde se permitia a fuga.
Nem bondade nem maldade: apenas o dia a dia crônico e exaustivo das pessoas que ali viviam. O enfado vivia nos suspiros que se ouvia entre as palavras.
Rusticas, as palavras jogadas contra as paredes.
Rusticos, o silencio e as falas.
Rusticos, o passado, o presente e o futuro.
-fls-
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