Eu tento/ quebrar esse gelo / mas é um iceberg construído de ódio/ e queima como fogo.
Qual fumaça de incêndio/ invade as entranhas da respiração/ sufoca o peito/ e impede a visão.
Eu tento/ nadar nessas águas/ mas é um mar de ressentimentos/ tantos sonhos/ quantas ilusões/
e o prêmio é o sofrimento.
Eu tento/ cantar nesse show/ mas a platéia não me ouve/ cantam outra canção/ falam do amor/ e pregam a paz/ mas estão num embate/ e para sobreviver/ tudo e nada se faz/ e o troféu nos abate.
Tanta dor/ fruto do amor.
Tanto ódio/fruto do amor.
Tanto amor/ pesado andor!
Ah, o amor/ lança fina que machuca fundo/ constrói e destrói/ transforma o mundo/ e nos deixa em
meio às cinzas relegados.
São tantos os pecados desses renegados do amor.
Pobres coitados/ esses desesperados por amor.
-fs-
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