Há neblina nas ruas frias da noite. Respiro o ar do chão em que acomoda suas raízes. Sou estrangeira pedindo abrigo; não me acolhes.
Abro os braços mas só me abraça a solidão que as horas trazem.
A cidade é um parque com um imenso carrossel girando com almas vazias, soturnas.
Subo na roda, gigante; páro bem perto das nuvens, e trêmula jogo meu sorriso e meu medo
pra cima de ti; foges pro trem fantasma e viro poeira no teu pensamento.
- fls-
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