quarta-feira, 20 de janeiro de 2016







sangrou.e junto ao sangue escorria a vida que guardava.escorria sem choro sem dor sem medo.apenas lamento.teria que lacrar as roupas não usadas os dias não passeados os planos não cumpridos as palavras não ditas os amores não amados os abraços não dados...toda uma vida.
ninguém a viu sangrar.o líquido vital escorreu invisível pelas pernas pelas frestas pelas ruas pelas portas pelos becos pela vida.
agora já era tarde.o fruto vazou escureceu morreu.precisa cobrir de luto e terra o rebento perdido e dar ao tempo tempo para trazer algum conforto.
-fls-


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