terça-feira, 5 de maio de 2015
E só agora as lagrimas me vêm... Como se cumprissem um ritual, numa ordem de fatores que não se pode mudar: primeiro a agulhada da dor, depois seu sabor, salgado e corrente.
Sua voz já era lenta e seus passos fracos, e nesse movimento já se anunciava sua partida, e nem desejando muito poderíamos parar o tempo para abreviar esse adeus. A fragilidade que nos acometia em sua presença comandava o instante ao lado seu fazendo compasso com sua respiração sôfrega.
Não se pode viver impunemente, e essa é nossa tragédia diária.
Os adeuses nos colocam frente a frente com a fatalidade de ter que, um dia, fechar os olhos e não mais imaginar o amanhã.
-fls-
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