Me habita um rio. As margens talvez um tanto secas, mas no meio, onde as águas são pesadas, transborda. Transborda para dentro , para o âmago, indo encharcar toda realidade que o contém e que esconde no fundo. Ora cachoeira, ora um fio dágua em meio à escuridão dessa selva que o guarda e o assusta. Rio quer correr, rio quer desaguar, rio precisa receber a benção das chuvas para renascer todo dia, senão morre de sede.
-fls-
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