sexta-feira, 22 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Na sua parada em cada estação não comprava bilhete de volta. Sua viagem era interminável, assim como os vagões do trem de todo dia.
E nessa estrada de ferro, era sempre acordada por uma buzina que queimava os ouvidos; mas o que mais queimava eram as lágrimas causadas pelo despertar de tão fantástica viagem ao mundo das delícias que inventava. Neste mundo criado à perfeição não havia solidão, medo, silencio, barulho; havia apenas vida, uma vida num contexto de amor talhada por seus olhos fitando o trem que sumia distante...
E nessa estrada de ferro, era sempre acordada por uma buzina que queimava os ouvidos; mas o que mais queimava eram as lágrimas causadas pelo despertar de tão fantástica viagem ao mundo das delícias que inventava. Neste mundo criado à perfeição não havia solidão, medo, silencio, barulho; havia apenas vida, uma vida num contexto de amor talhada por seus olhos fitando o trem que sumia distante...
De todas as belezas humanas,a mais bela é o amor.Amor que rima com dor, com ardor ,calor,furor,odor,cor,valor,desamor,amargor.Amor que confia,amor que trai.Amor que enlouquece,amor que cura.Amor que se traduz em sorrisos;em lágrimas.Em palavras,em silêncio.Em olhares,em solidão.Amor que faz saudade.Amor que quer,amor que renega.Do amor nunca se diz tudo,por amor tudo se faz.No amor não cabe a medida do certo e do errado,do bem e do mal.De todas as certezas humanas,a mais certa é o amor.
Saudade às vezes chega no ato, fica rondando a despedida; vira-se as costas e ela se instala, confortável. Sente-se bem, confiante, toma conta do espaço. Machuca fininho, como corte de papel; arde mas não dói. Nesta saudade boa, a certeza do amanhã.
A que machuca fundo é a que, traiçoeira, nos abandona no adeus. Dá lugar à mágoa, ao desamor, ao ressentimento. E, tempos depois, sorrateira, vai trazendo suas vestes, fica um dia, noutro não, até que, quando se vê, ali está: estabelecida e constante. Mesmo rejeitada, não sai.
Não adianta negá-la, torna-se parte do todo. E não é monótona, varia sua performance, nos seduz até.
E,assim, ludibriados, carregamos esta saudade do nunca mais, pendurada numa argola do passado, e, vez em quando, a convidamos para ajudar a escorrer algumas lágrimas...
'Surpreendentemente minhas mãos não alcançam as suas...Elas estão tão perto,alvas e longas mãos apossadas d'uma poesia dançante que se move no ar...
Eu estou tão perto,posso respirar o ar que sai do seu peito,posso me aquecer com o calor dos seus olhos...
Mas você, tão longe...É preciso um vôo muito alto,é preciso mais que um vôo,é preciso transpor.Atravessar essa sua falsa serenidade,penetrar o âmago,invadir e vencer a guerra contra seu fatídico Não.
Tres passos,é tudo que preciso andar para tocar o pulsar do seu peito,furar com a ponta dos dedos essa bolha que contém a palavra que foi dita;e a palavra é Não.Surpreendentemente,quero apenas estar perto.
Recuso-me a aceitar sua sentença,não quero voar para nenhum outro lugar,quero apenas surpreender seu corpo com minhas mãos,respirar o ar que sai da sua boca,beijar seus olhos...'
PAI
Eu lhe perdoo se um dia vc olhou para o céu e não viu estrelas,se um dia vc olhou para a frente e não viu o futuro,se um dia vc olhou no espelho e não se viu...
Eu lhe perdoo se de repente a vida ficou tão opaca,se o arco íris ficou cinza,se os lábios não conseguiram mais sorrir...
Sim, eu perdoo,pq o tempo trouxe a minha precisão de ser perdoada,o tempo traz para todos os mesmos erros, as mesmas faltas...só muda o contexto e a forma.
Eu lhe perdoo por aquele silencio de adeus,eu lhe perdoo por aquelas palavras de medo,pelo que não me deu e pelo que me deixou,eu lhe perdoo por não ter sido um herói.
Quem precisa de heróis? Eles são falsos,eles choram escondidos...
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
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